Europa literária: criação e mediação

Autores

Ana Paula Coutinho, Universidade do Porto- ILC; Gonçalo Vilas-Boas, Universidade do Porto - ILC; Jorge Bastos da Silva, Universidade do Porto - ILC; José Domingues de Almeida, Universidade do Porto - ILC; Teresa Martins de Oliveira, Universidade do Porto - ILC

Palavras-chave:

Europa literária

Sinopse

No que concerne à mediação literária, propomos que o foco seja direcionado para a mediação primária, isto é, para o primeiro elo da cadeia de mediação, aquele que tem a responsabilidade de dizer “imprima-se”, ou, mais adequadamente aos tempos tecnológicos que vivemos, “publique-se”. Propomos ainda darmos especial atenção à entrada de novos escritores no habitus literário, tal como é descrito por Pierre Bourdieu. Porque as configurações atuais dos mercados da cultura continuam a obrigar a um processo moroso e as mais das vezes dolorosamente condicionado, tanto por instâncias legitimadoras como por políticas e mercados editoriais.
Na análise do tópico do nosso estudo, participam inúmeras pequenas causas que produzem grandes efeitos. Estas causas podem contemplar os vários tipos de literacia, assim como os seus respetivos níveis, os sistemas de ensino, as políticas culturais, a tipologia dos consumidores, o número e o tipo de produtos disponíveis, etc. No entanto, mesmo na posse de todos estes dados, seríamos incapazes de descrever toda a complexidade inerente às indústrias culturais e criativas, tanto no que respeita à criação de obras como à sua receção. Esperamos, todavia, ser capazes de chamar a atenção para o papel desempenhado pela mediação, que está sempre presente na passagem do primeiro termo da equação, a criação, para o segundo, a receção.

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Publicado

dezembro 30, 2021

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